Carnaval da Mídia

Lá vem mais uma notícia de Michael Jackson na avenida...

E a imprensa continua a espetacularizar as coisas.
É o espetáculo das quedas de aviões, do Michael Jackson, só falta agora o Roberto Carlos morrer para o Brasil parar e a mídia se voltar por inteira neste assunto.
Não é assim? Tudo para, por causa do astro, ídolo, pop da música. E nós bons brasileros deixamos de lado outras coisas ditas importantes. Como por exemplo, o político do qual você votou na eleição passada estar te roubando e você nem sabe. Afinal a mídia não está comentando isso.
A mídia não cansa e pior ainda pensa que sua obrigação é esgotar todas os fatos e fontes possíveis sobre um determinado assunto popular demais.
Restando apenas a nós , pobres mortais, ouvir por mais de 2 ,3 semanas ou até ao longo de um mês aquele mesmo assunto. Por exemplo, o caso da menina Isabella. Ficamos por mais de um mês acompanhando a história e suas prolongadas versões e achismos. E agora, nem sequer somos informados, de como está o processo.
Pois bem , afinal para a mídia interessa apenas colocar a exposição de fatos , pessoas e não a finalização dos casos.
Ou outro exemplo ainda mais factual: o caso das quedas de aviões. No qual a mídia aprofunda tanto as coisas que chegamos a ter a sensação de que somos experts no assunto de quedas, pista, trem de pouso e esses assuntos técnicos relacionado a um acidente.
Que coisa não ?! Ai, lá se vai a imprensa, descobrir o cara que ia embarcar naquele avião, mas se atrasou e perdeu o embarque, ou ainda a mulher recém-víuva, filhos orfãos, etc.
E por ai vai...

Somos moldados para sermos pessoas/cidadãos alienados e com fácil digestão para as coisas já prontas e definidas por aqueles que julgam ser o poder da mídia.
Sendo assim, cabe a cada um saber o que deseja digerir, consumir e saber analisar fatos , para que não seja mais um servo da grande imprensa.

Mais ainda, ter a consciência de que as grandes mídias fazem o dito "trabalho" partindo do príncipio de que tudo é o carnaval deles. Festa da Carne ! Os carniceiros por notícias.
"Se não morreu, não vira notícia. Só é notícia se o cara lá ( mesmo que seja zé ninguém) esteja morto."