Nesta quinta-feira, dia 13 de maio, fui no Feirão da Casa realizado pelo Banco Caixa Econômica Federal.
Estava procurando uma casa, apartamento para financiar e aproveitei a oportunidade para saber e entender sobre o programa Minha Casa, Minha vida.
Comecei o passeio em um stand da construtora Cyrella, entre outras construtoras que fazem parte do grupo, como a Living.
Conversei com uma corretora que me informou como é este programa e como é liberado o subsídio do governo para a aquisição de uma casa. Ou seja, se possuo a renda até R$ 2.300,00, eu consigo um valor para a judar na compra/financiamento, que pode chegar até R$ 23.000,00. Sendo o valor do imóvel de até R$ 130.000,00.
Pois bem, realizei algumas simulações com alguns empreendimentos, porém descobri que a maioria dos apartamentos ou casas que estão a venda com este programa Minha Casa, Minha Vida ficam em regiões extremamente afastadas de São Paulo. Achei um condomínio de casas em Ferraz de Vasconcelos, um prédio com apartamentos com 2 dormitórios em Guarulhos e um outro apartamento em S.B.C. no ABC.
Ou seja, para quem não tem onde morar, o governo está ajudando, fornecendo uma verba para auxiliar na compra da casa própria. Afinal, em pesquisa realizada, muitas são as pessoas que ainda vivem de aluguel e não possuem nenhuma casa. Com isso, o governo neste ano, último ano do mandato do Luiz Ignácio Lula da Silva, e em ano de eleição, resolve promover este programa.
Você não tem a sua casa própria, 'nós iremos ajudar', porém nossas casas são onde a gente quer que vocês morem. Ou seja, na periferia da cidade de São Paulo. Onde você, pessoa sem casa, irá morar longe e levará muito mais tempo para chegar ao seu trabalho ou retornar a sua casa. Alguns locais até sem condições de transporte público descente.
Porque pobre continuará sendo pobre, e por ser pobre deve morar onde o governo quer que more. Na periferia afastado da grande elite e da classe média alta. Pois, assim não irão incomodar mais.
Eles só se esquecem de pensar que estas pessoas que são pobres, são trabalhadoras e são os motivos pelos quais a economia no país gira. São elas que mais compram, fazem dívidas, fazem prestações, e estão mantendo a economia e o capital em giro. São pessoas que a elite precisa para realizar o trabalho sujo que não fazem. E agora querem que morem cada vez mais longe, como se fosse fácil chegar a qualquer lugar na cidade de São Paulo através de transporte público.
Indigna saber que o governo continua com o mesmo pensamento disfarçado em um discurso igualista. Mas, na verdade o único interesse e pensamento são aqueles iguais ao da elite.
A política no país é feita para poucos. E para os ricos. Jamais pensaram nas necessidades daqueles que possuem dificuldades, que hoje são a maioria da população.
