domingo, 3 de outubro de 2010

Mudanças na democracia brasileira

Hoje, dia 03 de outubro de 2010, um acontecimento histórico na política brasileira marcou o dia de votações.

O artista, cantor e humorista, apelidado ultimamente como palhaço, Tiririca, nome artístico de Francisco Everardo Oliveira Silva, nascido em Itapipoca, Ceará, atingiu com sua campanha “Pior que tá não fica, vote no Tiririca” a marca de 436.014 votos só na capital de São Paulo, praticamente 30% de toda sua votação, e conseguindo o total de 1,3 milhão de votos apurados. Sendo considerado o deputado federal mais votado do Brasil, levando em conta que não possui passado político.


Com isso abre-se a discussão para as questões de preparo e a despolitização atual, assim como o despreparo de alguns candidatos. Alguns que fazem parte do âmbito político chegam a afirmar que estas atitudes e apelos artísticos, humorísticos ou até mesmo sensuais, como foi o caso da candidatura da mulher Pêra, servem para alavancar partidos e outros políticos então sem condições de atingir determinado número de votos.

Na verdade o que este número significativo representa nada mais é a representação de uma população que cansou de votar por obrigação, de perder tempo em escolher e estudar qual o melhor candidato... Afinal, mesmo estudando e estando certo e votando naquele escolhido, dias depois temos a surpresa que ele esteve ou está em alguma armação política e que fomos enganados mais uma vez.
Com isso, as pessoas estão se cansando de votar com consciência e passam a votar com o apelo de que pior as coisas não ficam... Melhor colocar um palhaço no congresso do que um ladrão.

Outra questão é que estão tentando derrubar a candidatura do Tiririca porque existem indícios de que ele seja um analfabeto.
Vejam bem, votamos e elegemos um “analfabeto” para governar o país. Porque não pode se repetir?


Talvez, porque ele conseguiu mais de 1 milhão de votos...


Algo que os outros que estão há anos no poder, não conseguiram até hoje. Não conseguiram cativar o povo e nem criar alguma credibilidade, mesmo que fosse apenas dizendo a verdade.